domingo, 11 de dezembro de 2011

KORFEBOL



História do Corfebol

O Corfebol surgiu na Holanda em 1902, inventado por Nico Broekhuyesen, inspirado num jogo sueco denominado Ringball.

"Naquela altura a Associação de Educação Física de Amsterdão solicitava um jogo que pudesse ser praticado por jovens de ambos os sexos, não fosse muito dispendioso, solicitasse uma actividade física geral e que fosse atraente para os jovens. Um jogo com estes requisitos não existia mas Broekhuysen sentiu tê-lo encontrado na Suécia...".

Teve uma boa aceitação e expansão da modalidade logo após a sua apresentação, e em 1903 constitui-se a Associação Holandesa de Corfebol. Nos anos seguintes a actividade desenvolveu-se essencialmente na Holanda e junto dos mais jovens, vindo progressivamente a aumentar a sua popularidade e o número de praticantes, sendo actualmente cerca de 100 mil na Holanda.

Em 1920, foi apresentada como modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos. Nessa altura a Bélgica inicia a sua prática e devido à sua proximidade geográfica com a Holanda, depressa se desenvolveu, levando à formação da Associação Nacional em 1921. Oito anos mais tarde, foi novamente modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Amsterdão, em 1928.

Em 1933 a modalidade sofre um novo impulso com a criação da IKF. Após a Segunda Guerra Mundial, inicia-se o processo de divulgação a nível mundial, começando pela Grã-Bretanha, Dinamarca, Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América e Austrália. O número de países praticantes tem vindo a aumentar progressivamente. Actualmente os países de Língua Portuguesa que praticam Corfebol são Portugal e Brasil.


Regras

As equipas de CORFEBOL são constituídas por 8 elementos: 4 rapazes (2 à defesa e 2 ao ataque) e 4 raparigas (2 à defesa e 2 ao ataque).

Os jogos duram 60 minutos, mas são divididos em duas partes, cada uma de 30 minutos. Os jogos são arbitrados por apenas 1 árbitro.

O campo é rectangular e mede 40 metros de comprimento e 20 metros de largura.

O início e o reinício do jogo são feitos no meio-campo.

Cada cesto vale um ponto.

É proibido:

-tocar a bola com a perna ou com o pé

-bater a bola com o punho

-bater ou tirar a bola das mãos do adversário ou de um companheiro

-correr com a bola ou driblar

-lançar de uma posição defensiva

-lançar de uma posição defendida: entre o atacante e o cesto; de frente para o atacante; com o braço levantado à distância de um braço.


Site da federação portuguesa de corfebol: http://www.fpcorfebol.pt/

O Corfebol no Brasil

Década de 1980 - um grupo de professores de educação física, formados pela Universidade Gama Filho, viaja à Holanda para comemorar a formatura e lá descobrem o corfebol. Encantados com a popularidade do esporte, a participação de mulheres nas mesmas equipe em igualdade de condições com os homens e a semelhança como basquete, resolvem divulgá-lo no Brasil.

Inicialmente foram formadas equipes no Colégio Anglo Americano (Botafogo) e no Clube da Light (Grajaú). Realizaram-se muitas demonstrações com a equipe brasileira em universidades. Extraordinário sucesso ocorreu em Curitiba, PR, no Primeiro Congresso Brasileiro e Panamericano de Esporte Para Todos. Infelizmente, o trabalho de divulgação não foi levado adiante por esse grupo de professores por falta de apoio e patrocínio.

1998 - O Corfebol ressurgiu então, nesse ano, através do professor de Educação Física Marcelo Soares, na época estudante de Educação Física na Universidade Castelo Branco (Rio de Janeiro), que conheceu a modalidade como um jogo recreativo em suas aulas. No mesmo ano, introduziu a modalidade na Comunidade Fernão Cardin, em Pilares, conseguindo em curto prazo de tempo colocar o CORFEBOL em segundo lugar na preferência por parte dos alunos participantes do Projeto Favela Bairro - Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro. Como a modalidade foi muito bem aceita pelas pessoas participantes, o CORFEBOL foi seu tema de monografia na conclusão do curso de Educação Física. Nessa mesma época o professor Cláudio Ferreira de Oliveira, colega de turma, começou a trabalhar diretamente com o CORFEBOL na divulgação da modalidade.


1999 - Neste ano, o professor Marcelo procurou pesquisar e contactar a IKF (Federação Internacional de Korfball) através da Sra. Sandra Vedder, que ficou sendo a pessoa responsável pelo Brasil. Foram realizados também contatos com profissionais brasileiros que, em sua grande maioria, desconheciam a modalidade. Não existiam no Brasil artigos, reportagens, livros ou qualquer referência que pudessem orientá-lo em sua pesquisa, que se baseou em informações verbais por parte de alguns professores, como Luiz Alberto Batista, Dr. Rizzo e Roberto Wagner, que foram seus grandes incentivadores. Descobriu também que os professores Ângelo Vargas e Moacyr Bastos realizaram pesquisas sobre corfebol, através de seu contato em Portugal, o Professor Mario Godinho.

2000 - Em 22 de outubro (dia do Corfebol no Brasil), é comemorado o início do trabalho do Professor Marcelo Soares no Brasil. Oficialmente, com a presença do Prof. Roberto Wagner (Universidade Castelo Branco), foi realizado um jogo de exibição entre amigos, familiares e alunos das escolas onde lecionava no Rio de Janeiro. A quadra era no Esporte Clube Valim, no Méier, e permaneceu por lá aproximadamente um mês, sendo depois transferido para a quadra da Polícia Militar, no mesmo bairro. Desse grupo inicial foi formada a primeira seleção de CORFEBOL do Brasil.

Para demonstrar o esporte a um número maior de pessoas, a área de lazer da Rua Dias da Cruz, no Méier, foi utilizada para a realização de jogos, graças ao empenho do Sr. Wagner Coe, da Secretaria de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro. Essa visibilidade resultou na primeira reportagem de jornal sobre o trabalho com CORFEBOL do professor Marcelo Soares.

2001 - A partir desse ano, o CORFEBOL começa a ser praticado no Clube dos Sub-Oficiais e Sargentos da Aeronáutica de Cascadura, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro clube praticante da modalidade na América do Sul.

2002 - Os representantes da IKF em Portugal, Professores Nuno Ferro e Jorge Ramos, visitam o Brasil e realizam o primeiro curso de CORFEBOL para estudantes da Universidade Castelo Branco, realizado nas dependências da Faculdade Mercúrio. No mesmo período, foram realizadas palestras na Universidade Rural, Castelo Branco, Barra da Tijuca e Moacyr Bastos. Nesse período, o professor Marcelo Soares foi declarado Representante Oficial e principal divulgador da modalidade no Brasil, sendo nomeado também árbitro oficial do corfebol.

2003 - Em 8 de novembro, a Federação Internacional de Corfebol concede o titulo de Representante Oficial da Modalidade no Brasil, assim como a carta de autorização para trabalhar e divulgar a modalidade em todo o continente sul-americano. No congresso anual realizado em Amsterdã, o Brasil consegue sua maior vitória, o reconhecimento como 41° país praticante de corfebol, podendo, a partir dessa data, participar de competições oficiais realizadas pela própria Federação e também pelo Comitê Olímpico Internacional.

2003 - O CORFEBOL retorna à sua origem universitária - Universidade Gama Filho, devido ao grande sucesso em seu trabalho, o Professor Marcelo Soares consegue, através do Cordenador do Curso de Educação Física, Sr. Prof. Guilherme Pacheco, e mais as professoras Ludmila Mourão, Gabriela Aragão e Ingrid Fonseca, introduzir a modalidade na semana da Educação Física, assim como realizar diversas palestras nas disciplinas "Teoria e Pratica do Jogo" e "Recreação".

O CORFEBOL chega a belo Horizonte através da Diretora de Marketing Karla Andrade, do Esporte Clube Minas Gerais, que, interessada na modalidade por sua característica social, realizou clínicas e cursos, com grande repercussão nos meios de comunicação mineiros, como TV Alterosa e Jornal Diário da Tarde. Ainda nesse ano, o CORFEBOL chega a São Paulo, através da unidade SESC Santo Amaro, através do Coordenador Maurício Del Nero, que convidou o Prof. Marcelo Soares para realizar clínica de corfebol.

2004 - O CORFEBOL é destaque em diversos programas esportivos e de entretenimento, como o Programa Ana Maria Braga, Esporte Espetacular e Jornal Nacional (Rede Globo), através do apoio dos jornalistas João Pedro Paes Leme e Tino Marcos. Nesse mesmo ano, o Prof. Marcelo recebe convite da Prefeitura de Joatuba - MG, para realizar clínica de CORFEBOL para professores da rede de ensino. Em 2005, cerca de 2.000 alunos da região de Joatuba praticam o esporte.

O município de Casemiro de Abreu, através do professor de Educação Física, Juan Leal, inicia o processo de divulgação, em parceria com o professor Marcelo Soares. É formada a primeira equipe do interior do estado do Rio de Janeiro, no Colégio Estadual José Braz do Jardim e Colégio Estadual Municipalizado. Já foram realizados diversos jogos amistosos entre as equipes do Professor Marcelo Soares (C.S.S.A - Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica de Cascadura versus Casemiro de Abreu).

O CORFEBOL também vem sendo praticado no município de Queimados (Rio de Janeiro), na escola municipal Tiradentes, com o apoio da professora Adriana da Mathias, que também é atleta da equipe CORFEBOL Brasil.

Participação pela segunda vez na semana da Educação Física da Universidade Gama Filho através dos professores Guilherme Pacheco, e mais professoras Ludmila Mourão, Gabriela Aragão e Ingrid Fonseca.

2005 - Cerca de 100 alunos do Curso de Educação Física assistem palestra sobre a modalidade, na Universidade UMC - Mogi das Cruzes. Assim, o CORFEBOL chega à primeira Uiversidade em São Paulo, recebendo o apoio do Senhor Coordenador Zenon Silva Filho.

Curso de CORFEBOL em Itaúna: devido ao grande sucesso de mídia no estado de Minas Gerais (jornal Diário da Tarde e TV Alterosa), o professor Marcelo Soares é convidado a realizar curso de CORFEBOL na universidade de Itaúna - MG, através de um dos seus representantes no estado, o aluno Derik Furforo Dias, contando com o total apoio do Coordenador da Universidade, Dalton Ribeiro de Carvalho.

Corfebol Sesc Madureira - Professor Marcelo Soares coordena a primeira escola de treinamento da rede SESC, no Bairro de Madureira - Rio de Janeiro.

8° Santa Mônica Fitness - O CORFEBOL participa de maneira oficial do 8° Santa Mônica fitness através de apoio do Sr. Coordenador Bruno Nascimento e Bruno Castro. O CORFEBOL participa com demonstração de material oficial (cestas, bolas), cesta sintética em seu estande, conseguindo mostrar o nível internacional do esporte a professores e estudantes do congresso. Esse evento teve repercurssão a nível mundial, sendo publicada no site oficial da Federação Internacional de Corfebol.

Fundação Getúlio Vargas - Em 22 de setembro de 2005, é convidado pelo Sr. José Antonio de Barros Alves a realizar palestra na Fundação Getúlio Vargas sobre a origem e evolução do esporte no mundo e suas perspectivas para o Brasil.

O Professor Marcelo Soares participa das listas de discussão do Centro Esportivo Virtual (www.cev.org.br), sendo também moderador da lista de discussão Cev-Corfebol.


Representante Oficial na América do Sul

Por ser o representante da modalidade no Brasil e principal divulgador, Marcelo Soares recebe ajuda da federação internacional, que envia bolas oficiais e as cestas de vime, vídeos, etc. O trabalho desenvolvido no Brasil e a grande motivação de Marcelo Soares conseguiu contagiar os holandeses que, em novembro de 2002, enviaram dois técnicos portugueses e integrantes da IKF para acompanhar o trabalho e ajudar na divulgação e implantação do esporte no país.

Com o incentivo do Professor Marcelo Soares, o esporte tem tido um crescimento sensível e se prepara para o confronto, em 2006, contra os Estados Unidos, decidindo a única vaga do continente para o Mundial de 2007. Site do Corfebol Brasil