JUDÔ




TREINAMENTO PRECOCE NO JUDÔ
Marco Antonio Rodrigues Santos
A prática da atividade física nos dias de hoje, é muito recomendada principalmente desde a infância. Com a evolução do mundo desportivo, muitas vezes encontramos profissionais direcionando atividades com especialização precoce, que por sua vez podem provocar conseqüências traumatizantes nas estruturas bio-psicológicas de seus usuários.
Existe uma tradição popular onde a atividade esportiva aparece associada a competição.
No registro histórico dos esportes, a competição surge sob várias formas. Aqui iremos tratá-la através da conceituação olímpica; isto é, onde esta serve como instrumento de diálogo e congraçamento entre os povos.
Em análise a competição é observada em diversos ângulos. Em alguns leva-se tão a sério que transcende o próprio valor intrínseco do exercício orgânico, que por sua vez é uma parte básica da conduta esportiva. Neste caso o prazer em participar é deixado de lado em detrimento à imensa gratificação de vencer. Afinal de contas o pensamento reflete que o vice-campeão, tem o mesmo valor que o último colocado, pois o que vale é a vitória, é o campeão.
Muito se tem questionado a respeito da atividade desportiva infantil associada a competição. É fato que há um grande número de implicações deste processo, na longevidade da carreira do praticante.
A utilização de recursos científicos associados ao monitoramento das respostas comportamentais, a calibragem da cobrança dos resultados associados a maturação do praticante, o apoio da família, dos amigos, dos técnicos, talvez sejam a fórmula mais segura da conservação da integridade e de uma população ativa na fase adulta.
Muito se vê através da sociedade uma elevada cobrança na conquista e na manutenção pelo lugar mais alto do podium. Talvez o momento certo seja após um longo período de derrotas, que por sua vez serviriam como fonte de estímulo, quando bem administradas, para reflexão e valorização das conquistas.
Pesquisas apontam um grande número de desistência de praticantes dos 13 aos 16 anos, onde também encontramos muitas vezes como causa desta evasão a queda de desempenho.
Como conclusão é importante que haja mudanças no sistema de competição além de reformulação na prematura especialização, nos treinos excessivos e repetitivos.
A criança por sua vez, precisa ser criança!!!
Estar longe das preocupações de rendimento, não quer dizer estar distante de suas responsabilidades.
É importante ser criada uma relação de confiança e prazer, associada a doutrina e particularidades do nosso esporte.
Vários treinamentos tradicionais devem ser substituídos por treinamentos lúdicos com direcionamento de seus conteúdos técno-pedagógicos e fisiológicos, compatíveis com as faixas etárias e satisfatória resposta motivacional.
Errado é o profissional que pensa que faz um campeão.
Nosso papel está diretamente ligado a responsabilidade de ensinar o praticante a lutar para ser campeão.
A formação é competência do professor, do técnico. O campeão é competência do atleta e dos fatores que agregam ao caminho da vitória; isto é, herança genética, investimentos na carreira esportiva, apoio dos familiares, treinamento adequado....
Muitas vezes nos deparamos com a seguinte situação:
Quando o aluno é campeão, ele é bom, leva jeito para a coisa.
Quando ele perde, ele está mal treinado.
Este tipo de colocação é o retrato da visibilidade e atribuições dadas por muitos de nossos clientes (pais/alunos/responsáveis).A inadequação das responsabilidades impostas aos envolvidos no processo, causam danos ao sistema como também devem ser reformuladas.
Cabe a nós profissionais mudarmos este conceito, a partir da valorização do “Eu Profissional”. Saber cobrar adequadamente pela prestação de serviço é parte inicial da conscientização da nossa importância.
Valorizar o praticante de destaque, através de isenções dos investimentos nas estruturas que viabilizam o seu sucesso, é a principal causa de degradação do crescimento do nosso esporte e da nossa profissão.
É o momento de repensarmos de forma globalizada o que pode ser feito para crescermos juntos não só como profissionais dependentes desta atividade, como também formadores de opinião e de cidadãos de sucesso.


INTEGRIDADES: FÍSICA, MORAL E INTELECTUAL NO JUDÔ
INTEGRIDADE FÍSICA:
A qualificação do professor é muito importante para que tenha qualidades e conhecimentos necessários, para não ensinar errado, principalmente as técnicas de projeção (nague-waza), técnicas de domínio (katame-waza), ukemis (amortecimento de quedas) etc., levando ao aluno muito pouco conhecimento e uma margem muito grande de possibilidade de sofrer algum tipo de acidente, além de uma carga excessiva de atividades físicas que irá desgasta-lo e desencoraja-lo. Observando sobre prescrição do treinamento terá que observar sobre a individualidade biológica de cada aluno, assim sabendo dos limites, fazendo com que os mais graduados possam auxiliar com cuidado já estimulando o cuidado com o próximo. Com isto o aluno irá ter um comportamento de , respeito e deveres e tornar-se-á num ambiente sadio e com isto diminuindo o risco de acidentes no treino, sem prejuízo aos alunos, ao JUDÔ, a escola e ao próprio professor.
INTEGRIDADE MORAL:
Devemos realmente fiscalizar e colocar para nossa sociedade a diferença do judô, pois é um esporte altamente qualificado com resultados tanto esportista quando educacional. E sobre a integridade moral podemos dizer que o judoca pertence a uma classe de esportistas diferenciado, pela suas atitudes, retidão, pelo seu comportamento, pela sua maneira de ser que exaltam e dignificam o nosso esporte, que nos faz ser diferentes dos outros. Um elemento sem essas mesmas qualidade fatalmente estaria pondo em risco o trabalho pioneiro de Jigoro Kano, toda a dedicação de professores, toda a tradição de mais de um século de existência, todo o idealismo daqueles que se dedicam com seriedade ao ensino, à prática e ao progresso do JUDÔ. Um elemento sem condição moral deve ser prontamente excluído por melhor que seja tecnicamente. Um professor sem pulso para colocar os seus alunos no caminho certo, estará contribuindo para a deformação moral dos mesmos.
INTEGRIDADE INTELECTUAL:
O intelecto de uma criança, do jovem e mesmo do adulto desenvolve com o estudo, com a convivência diária, com os bons exemplos e também com a prática sadia de esportes. Por isso o professor sem o conhecimento e a formação não irá realizar esta obrigação de estimular, corrigir, aconselhar e ajudar os seus alunos para que os mesmos progridam e tornem-se homens de éticos e respeitadores de suas obrigações perante nossa sociedade. O professor tem como obrigação complementar a educação do aluno, já que a prática do JUDÔ leva comprovadamente a correção de distorções do caráter das pessoas que o praticam.

BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS JUDÔ
Quando utilizado corretamente o esportes trás benéficos indispensáveis para a vida de uma criança, pois ensina valores fundamentais, como a autoconfiança, lidar com a derrota e a vitória, a inclusão social, o trabalho em equipe, o respeito pelos outros e a disciplina. E claro isto tudo ainda é aprendido durante sua infância, quando as crianças começam a realizar suas primeiras atividades físicas e a participar de competições. E o Judô proporciona tudo isto para o aluno, com suas competições, exames de faixa, eventos de apresentação e mais. Então se torna importantíssimo proporcionar as crianças uma boa “educação esportiva” vem se tornando algo cada vez mais indispensável para um bom desenvolvimento psicológico das crianças.

BENEFÍCIOS PSICOMOTORES NO JUDÔ
Utilizar o judô como um método de Educação Física aliando ações pedagógicas e psicológicas, sendo elas empregadas corretamente, com o total objetivo de ter uma melhora ou equilíbrio no seu comportamento motor, assim não deixando lacunas no desenvolvimento motor da criança, fazendo com que ela se torne um adulto com uma boa base psicomotora.
É claro que não devemos obrigar as crianças a realizarem o esporte que o professores e ou pais preferem e sim o que as crianças se identificam.
A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores:

• Preferência pessoal: A criança só irá alcançar todos os benefícios se for atividades regulares e que promova prazer a ela.

• Aptidão necessária: O judô é altamente inclusivo, pois crianças de todos os pesos, tamanhos, fortes ou fracas fisicamente podem realizar esta atividade.

Os benefícios são:

Esquema Corporal: é identificar cada parte de seu corpo, bem como saber seu nome e onde estão localizadas.
* atividade relacionada: colocar a mão ou correr com a mão na parte do corpo que o professor solicitar.

Espaço: saber se locomover respeitando os espaços naturais.
* atividade relacionada: correr por cima das linhas da quadra, ou mesmo uma atividade com as crianças onde elas não podem encostar-se à outra obedecendo a um espaço determinado.

Raciocínio Lógico: está relacionada ao raciocínio. Números, figuras, cores, está relacionado à forma do aluno pensar e agir para realizar um determinado problema ou atividade.
* atividades relacionada: xadrez; amarelinha, atividades onde o aluno tem que pensar para realizar...

Ritmo: é a forma de realizar atividades obedecendo a uma determinada seqüência de sons ou músicas.
* atividade relacionada: realizar atividades com palmas, apitos, jogos cantados.

Lateralidade: Fazer com que a criança desenvolva as partes laterais do corpo, as partes da frente e de trás do corpo.
* atividade relacionada: Trabalhar as pegadas, puxadas e o desequilíbrio do judô.

Tempo: está relacionada ao tempo que dura um determinado exercício ou movimento ou o tempo certo de realizar a entrada.
* atividade relacionada: brincadeira da madeira, segurar o amigo antes que ele caia no chão, trabalhar o tempo certo da entrada durante a luta.

Coordenação Motora Geral (Fina e Ampla): está relacionada à pegada, ou seja, enquanto o aluno trabalha a várias maneiras de pegar no kimono, a coordenação motora fina está sendo aguçada e às várias formas de movimentar o corpo, parado ou em deslocamento, com movimentos simultâneos com membros superiores e inferiores.
* atividade relacionada: treinamento de pegadas, correr e pular; pular e entrar em técnicas do judô.

Força: está relacionada aos exercícios que o aluno utilize a força.
* atividade relacionada: Atividades de puxar e empurra o amigo.

Velocidade: atividades que envolvam exercícios que o aluno trabalhe a velocidade de deslocamento na execução dos exercícios.
* atividade relacionada: corridas com obstáculos e de entradas em movimento.

Equilibrio (Estático e Dinâmico): caracteriza-se com a forma de permanecer estático ou em movimento sobre uma ou mais bases do corpo. O equilíbrio se divide em estático (parado) e dinâmico (em movimento).
* atividade relacionada: ficar parado formando um quatro com as pernas; correr com uma perna, o próprio judô já irá fazer com que a criança desenvolva o equilíbrio normalmente, pelo fato de ter que se manter de pé.

Controle Muscular: está relacionada a exercícios em movimento que devem ser interrompidos, travados.
* atividade relacionada: correr livremente pelo tatame e parar ao sinal do professor, ao estar lutando e bloquear a queda.

Socialização: é realizar atividades em grupo, a relação de amizade e conhecimento do grupo, com o grupo e do grupo com os professores e com os demais funcionários do ambiente escolar.
* atividade relacionada: saber organizar-se para uma atividade proposta pelo professor; saber jogar com os colegas sem formar grupos por afinidades, respeitar as diferenças, aceitar opiniões.

Percepção Auditiva / Visual / Tátil: está relacionada ao ato de entender o que está sendo feito através da audição, visão ou toque e executar o que está sendo proposto.
* atividade relacionada: correr ao sinal de um apito, palmas, batidas no tatame (auditivo); entrar na técnica ao sinal gestual do professo (visual); correr até determinado ponto quando realizar a pegada em algum lugar(tátil).

O JUDÔ COMO PAPEL IMPORTANTE NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO.
Apresentação do grupo em 2008 na Praça da Liberdade - Petrópolis-RJ.


Nos treinamentos podemos atuar basicamente em três áreas:

Aprimoramento do caráter, do intelecto e sua relação com outro e o ambiente.

O caráter é o conjunto dos traços psicológicos, o modo de ser, de sentir e de agir de um indivíduo, ou de um grupo, é o que chamamos de caráter, grosso modo. Constitui a índole ou o temperamento de uma pessoa ou de um grupo, por tanto se refere aos pensamentos de Jigoro Kano que é transmitidos até hoje por bons professores de judô . Não são somente qualidades herdadas dos pais ou da família como muitos pensam, através dos exemplos e da educação, onde nas aulas sempre são sempre citados. Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar o bom caminho mas a formação final do caráter de uma pessoa está rigorosamente em suas mãos, e os professores tem uma importância muito grande perante aos alunos. Apesar das tendências que possamos ter, o caráter é a vitória da nossa determinação sobre a nossa inclinação. É perfeitamente possível surgir de um ambiente completamente imoral e grosseiro, pessoas com forte e marcante caráter, em conseqüência da determinação e desejo de ser melhor. E de seus atos e influência vão surgir exemplos de moralidade e dignidade. Por tanto um aluno pode seguir o caminho do bem o do mau, dependendo da mão que o maneja. (KANO, 2008).

O desenvolvimento do intelecto pode se resumir em: observação, memória, experimentação, imaginação, linguagem e habilidade de manter a mente aberta.

A observação se refere a um conjunto de informações relevantes, permite descrever e interpretar melhor o fenómeno estudado, sendo, através de uma análise cuidada da aula, que se criam as condições necessárias para aceder a um conhecimento mais aprofundado acerca do seu funcionamento e sobretudo dos factores que concorrem para a sua qualidade. Neste contexto, parece ser conveniente que a observação atenda a um quadro de referências gerais, associadas ao processo pedagógico de ensino e aprendizagem. E com isso o aluno que observa as lutas, os treinos pode adquirir mais rápido a aprendizagem, e também se aprimorar em suas técnicas, onde irá despertar sua atenção em outras disciplinas.

Já na experimentação o aluno deverá ter vivência, saber como iria reagir em determinada situação de luta, ou na vida. Fazer com que tenha um maior de posições e situações, o que irá tornar o aluno mais capaz de reagir a várias situações diferentes.

A linguagem se torna importante na prética do judô, pois os alunos mais antigos tem a missão e obrigação de ensinar os iniciantes, o que faz se aprimorar e passar com mais clareza. Quando ingressamos na escola, damos importância "como funciona" a vida em sociedade. Somos educados a partir da teoria que o homem é uma animal racional, isto é, pensa, sente, julga as coisas, possui uma inteligência e por isso, temos dois mundos distintos: o mundo do homem e dos animais. Crescemos aprendendo e acreditando de uma certa forma ou de outra, que o homem sempre procurou meios para expressar suas emoções suas razões, como o medo, a tristeza, e/ou para apossar-se de algo que considerava ser seu. Registrava de alguma forma. Desenhava. E no judô ser torna muito importânte este processo de aprendizagem.

E claro que o relacionamento com o outro e o ambiente se faz necessário na vida de qualquer ser. É necessário o conhecimento sobre o adversário e de si mesmo. O relacionamento intrapessoal envolve o conhecimento de relações internas do próprio “eu”, como por exemplo, o autoconhecimento de sentimentos, a série de respostas emocionais, a autoreflexão, o processo de pensamento e outros fatores. Já relacionamento interpessoal é a competência através da qual o indivíduo se relaciona bem com as outras pessoas,distinguindo sentimentos (intenções, motivações, estados de ânimo) pertencentes ao outro,buscando reagir em função destes sentimentos. Esta capacidade permite a descentralização do sujeito para interagir com o outro.Mostra a capacidade de uma pessoa para entender as intenções,as motivações e os desejos alheios e, em conseqüência, sua capacidade para trabalhar eficazmente com outras pessoas. Então se faz indispensável essa preocupação nas aulas de judô no âmbiente escolar. (KANO, 2008).

A escola também merece nossa atenção, pois suas instalações devem preencher alguns requisitos básicos. É bastante comum, principalmente nas cidades pequenas e nas periferias das grandes metrópoles, encontrarmos instalações pobres, improvisadas, sem conforto, mas com pessoas interessadas e disciplinadas, o professor, rico em idealismo apesar da simplicidade, da singeleza e dos poucos recursos disponíveis, leva a sério o JUDÔ de Jigoro Kano cujo espírito é presente e cultivado. Devemos então reconhecer o esforço e a dedicação desse professor, não devemos nos esquecer que a primeira escola de JUDÔ era apenas de vinte metros quadrados.
Entretanto condene-se as instalações onde o desleixo, a falta de ordem e a falta de educação predominam. Condene-se também as academias ou escolas onde um aluno um pouco mais graduado faz as vezes do professor, porque este esta tratando de "seus negócios" particulares em horário de aula. Devemos evitar as academias onde a má vontade e o desinteresse estão presentes.
A academia mesmo que modesta, deve ser limpa, arejada, acolhedora, organizada, o tratamento cordial e alegre e respeitoso entre os alunos e o professor, e entre as demais pessoas que participam da academia. Os alunos devem sempre estarem com as unhas cortadas e o corpo sempre asseado, o kimono ou judogui deve estar limpo, enfim deve-se dar especial atenção à higiene.
O espírito do judô conforme jigoro Kano:

"SEIRYOKU ZENYO" - Máxima eficácia.
"JITA KYOEI" - Prosperidade e benefícios mútuos.

· Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.

· Quem teme perder já esta vencido.

· Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e sobretudo com humildade.

· Quando Verificares, com certeza, de que nada sabes, terás feito o primeiro progresso no aprendizado do JUDÔ.

· Nunca te orgulhes de Ter vencido a um adversário, o que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. a única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.

· O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.

· O verdadeiro judoca é aquele que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam, paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes e fé para acreditar naquilo que ainda não compreende.

· Praticar o JUDÔ é ensinar a inteligência a pensar com velocidade e exatidão e o corpo obedecer com justeza. O corpo é a arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

· Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho do verdadeiro judoca.

É de fundamental importância a atuação do professor de Educação Física nas aulas atentar para as faixas etárias jovens, atuando como pedagogo e considerando que nos grupos iniciais de alunos jovens (infantil e juvenil) deve-se atentar para a programação bem controlada, onde as competições de vem ser encaradas como elementos adaptados para as faixas etárias correspondentes. Onde a eficácia do treinador não deve ser avaliada pelos resultados obtidos nas categorias infantis e juvenis e sim pela formação e desenvolvimento das habilidades motoras reunidas pelos atletas. (GOMES, 2002).

Diferente da competição, na aula na educação física escolar deve considerar as habilidades motoras do aluno e não atingir bons resultados competitivos, preocupando-se em leva-los ao alto resultado já em idades muito tenras, sem pensar em seu futuro como atleta e principalmente como adulto. Pois pensando no lado competitivo, nem sempre bons resultados na fase inicial, leva a ter bons resultados na fase adulta. E a escola poderá ser um local para detectar bons atletas, e assim canalizar o mesmo para um local com um treinamento direcionado, pois deve ser a longo prazo com ênfase no respeito ao desenvolvimento do indivíduo.

JUDÔ - ESPORTE INCLUSIVO.
“Educação inclusiva: um estudo na área da educação física”, a participação dos alunos ditos “normais” em classes comuns com colegas “portadores de necessidades especiais”, colabora positivamente, minimizando o preconceito que os separavam antes. As atitudes observadas dizem respeito à manifestação de solidariedade, companheirismo, responsabilidade, cooperação e respeito ao outro, sem discriminação de características pessoais, físicas, sexuais ou sociais.
De acordo com o sítio da Secretaria de Educação Especial – SEESP, do Ministério da Educação, alunos com necessidades educacionais especiais são aqueles que: [...] apresentam, durante o processo educacional, dificuldades acentuadas de aprendizagem que podem ser: não vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências, abrangendo dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, bem como altas habilidades / superdotação.
Os tipos de necessidades educacionais especiais estão basicamente categorizados da seguinte maneira: altas habilidades / superdotação; autismo; condutas típicas; deficiência auditiva; deficiência física; deficiência mental; deficiência múltipla; deficiência visual; surdocegueira; e Síndrome de Down.
Com isso tudo o judô é um esporte inclusivo, imaginam que as crianças portadoras de necessidades especiais eram problemas para os professores, pois, não é bem assim. Em meio a esse conturbado âmbito de discussão e, em especial na área da educação especial, surge a discussão do processo de inclusão de indivíduos portadores de necessidades especiais nas aulas regulares das escolas e nas aulas de judô. Essa proposta faz parte de um conjunto de medidas que têm sido tomadas por parte de estabelecimentos de ensino, sobretudo, da rede pública para ir ao encontro da nova LDB, e com isso estes alunos se tornam mais capazes

Hoje o judô atende crianças portadores de necessidades especiais como: (deficiência mental, visual, síndrome de down e surdos), e nossa escola trabalha com deficiênte visual e amputados, onde participam até de competição.